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História

A história se passa em um mundo ficcional com tecnologia medieval. Politicamente, ele consiste em um grande número de cidades independentes e espalhadas pelo mundo. Nesse mundo, humanos coexistem com criaturas chamadas Youma (妖魔), seres sensitivos que se alimentam de vísceras humanas. Os Youmas, sendo metamorfos, são capazes de adquirir a forma humana e viver entre eles. Consumindo as vísceras de um humano, o Youma é capaz de absorver as suas memórias e personalidade também, permitindo que eles se disfarcem em uma pessoa especificamente sem levantar suspeitas para seus amigos e familiares.

Uma organização sem nome e altamente secreta criou uma ordem de guerreiros modificados para proteger os humanos dos Youmas. Esses guerreiros vieram a ser chamados popularmente de Claymores, devido as suas imensas claymores(Espadas) que portam em suas lutas. Vilas sob ataque de Youmas contratam os serviços das Claymores.

Claymore, mangá de 2001 que ainda está em publicação no Japão, ganhou a sua versão em anime no final do ano de 2007, tornando-se uma das animações mais aclamadas da última safra de animes japoneses.

 O contexto geral da história é o seguinte:

Claire e Raki

Claymore são guerreiras, essencialmente mulheres, loiras e de olhos de prata, que são metade humanas e metade Youma(Para os familiarizados, é uma espécie e Youkai). Elas são criadas desde pequenas por uma Companhia especializada em caçar Youmas(Eles se alimentam de víceras humanas, e podem facilmente se passar por um humano) que aterrorizam as cidades. O anime segue a história de Clare, uma Claymore aparentemente impiedosa e fria(Características comum das Guerreiras), e de Raki um garoto que teve sua família dilacerada por um Youma - esse que inclusive foi morto por Clare - daí a fascinação de Raki pela nossa heroína. Esse é o plot do primeiro episódio.

Luta Entre Claymores

Claymore não se destaca apenas pelas belas cenas de ação, mas pela excelente trama desenvolvida, e pelo absurdo carisma que as personagens tem. Todas fazem o que fazem por um motivo - o mais comum, a vingança a seus pais, irmãos ou entes queridos, todos eles, mortos por um Youma. Por menor que seja a aparição de uma Claymore, ela é marcante o bastante para arrebatar fãs fervorosos.

Quanto a qualidade técnica, o anime é impecável. O traço é impressionante, assim  com o tom sombrio que é dado ao tratamento de cores. Entre o cinza e preto dos ambientes, o destaque fica para os olhos de prata das guerreiras, que ao recorrerem ao poder do Youma interior, se tornam amarelos, o que dá uma impressão ao espectador de AGORA VAI! Sem falar no banho de sangue que cada vidrante batalha apresenta. Destaque ainda para a trilha sonora, que apesar de ser inferior aos outros aspectos, acompanha muito bem o clima do anime.

Claymore

Mais do que um anime de ação, Claymore é sobretudo um anime de personagens, seu conflitos internos, pelo o quê e o porque elas lutam. A primeira temporada conta com 26 episódios de23 minutos recheados de emoção e aventura, capazes de ficarem marcados na memória, como os episódios 7 e 8. Com uma trama envolvente, personagens cativantes, e um traço singular, Claymore pode ser considerado uma verdadeira orquestra, por organizar todos esses elementos de forma magistral, e fazer qualquer animemaníaco explodir a cabeça, como poucos animes o fazem.

Miria - Teresa - Helen         Miria                                               Teresa                                           Helen 

Durante os 3 primeiros episódios, são mostradas as características do mundo das Claymores. Seu poder provêem da metade Youma, inclua aí, superforça, velocidade e agilidade sobrenaturais. Se elas ultrapassam o limite de seus poderes, correm um grande risco de se transformarem em Youmas, e chegando a tal ponto não há volta, é preciso que outra guerreira termine com a vida da companheira na eminência da transformação, enquanto ainda for humana. Os episódios seguintes mostram uma outra história, a de Teresa, do Sorriso Aparente, como é conhecida. Teresa é número #1 entre as Claymores, e assim como Clare, aprende o que é o calor de um relacionamente humano em uma comovente e envolvente trama. Alguns episódios depois o anime volta a centrar-se em Clare e sua jornada.


  Claymore
 

Episódios:   26
Estilo:   Serie de TV
Gênero:   Ação/Ficção/Drama/FantasiaComedia/Drama/Romance/Psicologico/Sobrenatural
Tema:   Medieval/Monstros
Resolução:  720x480
Áudio:   Japonês
Legendas:  Português
Quantidade:   2 Discos
Opcional:  (1 Box c/ encarte)

Claymore é a adaptação serializada que mais me impressionou no quesito aspecto técnico até hoje. O anime é lindo, a animação é soberba. Basicamente é como se você assistisse a um Wonderful Days, Kenshin OVA ou Mononoke Hime em 26 episódios. Diferente, entretanto, de outros seriados notáveis no aspecto técnico, como Soul Taker, Claymore tem mais, muito mais a oferecer. O aspecto técnico está aqui a serviço do roteiro, não o contrário.


Bom, findada a questão técnica e você sabendo que o deslumbre áudio/visual e a introspecção que isso provoca estão garantidas, saiba que Claymore é baseado em um mangá de Norihiro Yagi (o qual, a título de curiosidade, gosta da banda de heavy metal brasileira Angra), veterano que contava com uma excelente obra humorística, já com quase dez anos de publicação: Angel Densetsu. Publicado desde 2001, a arte do mangá, por mais absurdo que pareça, consegue ser em dados momentos mais impactante que a do anime (e acredite, isso é impressionante). Além disso, Claymore guarda semelhanças extensas com outra obra muito querida do público fã de mangás de fantasia, Berserk.


Que semelhanças são essas? O design dos monstros e sua opulência, o fato de a personagem principal perder um braço e o substituir com uma ”arma“, o clima opressivo, o tipo de companheirismo entre a protagonista e seu ”bando“. Mas, espera aí, isso não seria plágio? Não, são homenagens. A história de Claymore é boa e forte o bastante para se sustentar por si só, sem sombra alguma de dúvida.


Claymores são mulheres que receberam em seu corpo entranhas/sangue de yomas, demônios que assolam e devoram a população desde tempos imemoriais (o nome é dado pelos populares, já que elas carregam gigantescas espadas do tipo claymore). São as únicas capazes de distinguir um yoma disfarçado de humano de um homem comum, devido à habilidade que possuem de sentir o youki, energia maligna que emana de um yoma, e usar seu próprio youki para ganhar força e agilidade sobre-humana. Dentro da sua organização, são treinadas desde novas para o desapego, e obedecem sem questionar muito. As garotas são escolhidas ou acolhidas por essa organização entre órfãos e outras vítimas de situações variadas. A vida de uma Claymore é uma luta constante para não despertar, já que sendo metade yoma, caso usem o poder em demasia, podem acabar se transformando completamente. Quando elas pressentem que tal fato está próximo de ocorrer, enviam uma ”carta negra“ para outra companheira, para que essa dê cabo de sua vida. Devido a essa razão, a carreira de uma Claymore sempre é curta, durando poucos anos, se não tombar antes em batalha.


A série revolve em torno de Clare, uma Claymore que chega em uma cidade e é hostilizada (todas as Claymores são objeto de temor do povo, já que além de serem meio yomas, cobram quantias altíssimas para livrar a população dos predadores, valores transferidos para os cofres da organização). Uma vez lá, conhece o jovem Raki, que perdeu seus pais para o yoma que atacou a cidade. O garoto ganha a simpatia de Clare, uma vez que não demonstra temor em relação a ela. Após a morte do alvo, Raki é expulso da cidade e Clare termina acolhendo-o. Os dois saem então numa jornada, ação aparentemente ilógica da parte dela (sair carregando por aí um humano normal, incapaz de se defender de um yoma, sendo ela uma Claymore).


Revelar mais que isso estragaria o prazer de descobrir o que vem depois. Muitos mistérios são adicionados no decorrer da série, mas perguntas como "porque apenas Claymores femininas" e "o que é essa ”organização“ e quais suas intenções" serão feitas quase de imediato e, dada à qualidade da pena do autor, sinalizam respostas surpreendentes.
O roteiro cresce exponencialmente. Personagens com carisma colossal são adicionados, e já a partir do oitavo episódio fica impossível abandonar a série. A dramaticidade das situações é opressiva, e a direção é impecável (a série é bastante fiel ao mangá, mas melhora e apara arestas deste, tornando a experiência ainda mais recompensadora). Episódios como o 12, 19 e 22 são tão intensos que ficam marcados a fogo na mente.


Então, Claymore é perfeito? Quase. Confesso que acreditava, tendo visto até o episódio 23, que esta seria digna de um 100% com louvores. Mas uma semelhança que ela divide com Berserk e a maneira como os produtores do anime resolveram encarar isso eliminou essa possibilidade. Claymore é um mangá ainda em publicação. E assim como na obra de Kentaro Miura, o que se vê no anime é apenas a ponta do iceberg (e que iceberg!).


Diferente de Berserk, no entanto, a equipe de Claymore resolveu criar um final alternativo. Arriscando meu pescoço aqui, digo que preferia um final na linha da série de Berserk também, ou seja, um ”não final“. Para nós em terras tupiniquins, na época em que Berserk foi lançado, o acesso a scans do mangá era bem mais difícil, hoje já não causa tanto desespero um final dessa natureza, você pode facilmente continuar acompanhando a história pelo mangá (não que se essa situação desfavorável perdurasse, minha opinião fosse mudar). Um final aberto evitaria o desvirtuamento de uma das personagens ou soluções forçadas apenas para fechar o anime. Até o episódio 22, entretanto, é 100% com toda certeza.

Um anime ímpar, raro, que todo fã de fantasia estava esperando para ver há um bom tempo, com personagens construídos em várias camadas, absolutamente coerentes e apaixonantes, de dramas tocantes e conflitos tensos que afetam o espectador de maneira inesperada. Tardaram para nos oferecer algo assim, mas definitivamente não falharam.

http://www.animesdvd.com.br/animes-em-dvd2/letra-c/claymore1/